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Ao contrário do muitos pensam, distrair-se no trabalho nem sempre é algo ruim. Se o objeto de sua distração é uma obra de arte, ela pode realmente aumentar a produtividade, diminuir o estresse e aumentar o bem-estar.
Quem fala isto é Dr. Craig Knight, que estudou a psicologia dos ambientes de trabalho por 12 anos na Universidade de Exeter, e hoje lidera um grupo de pesquisa chamado Identity Realization (IDR).
“Existe uma tendência real de optar por espaços de trabalho neutros e sóbrios, projetados para incentivar os funcionários trabalharem sem distrações”, explica ele. Porém, não existe um ramo da ciência no mundo que acredite que essa abordagem aumente a produtividade ou faça com que os trabalhadores sejam mais felizes, de acordo com Knight. “Se você enriquece um espaço, as pessoas se sentem muito mais felizes e trabalham melhor; uma maneira muito boa de fazer isso é usando arte”.
“Não acredito que a arte faça com que cada pessoa seja mais criativa, mas ela ajuda a envolver as pessoas em um nível mais intelectual com relação à inovação”.
Knight e sua equipe conduziram estudos sobre os ambientes de trabalho mais eficazes, pedindo aos participantes que façam uma hora de trabalho em quatro tipos diferentes de escritórios:
contendo apenas as coisas necessárias para realizar as tarefas.
com arte e plantas que já foram arranjadas.
a mesma arte e plantas, mas os funcionários puderam escolher onde colocá-las.
os funcionários puderam organizar a arte e as plantas – mas o experimentador então desfez esses toques pessoais e voltou ao layout enriquecido.
A equipe descobriu que as pessoas que trabalhavam no escritório enriquecido trabalhavam cerca de 15% mais rapidamente do que as do escritório enxuto e tinham menos queixas de saúde – esse número, então, dobrou para as pessoas que trabalhavam no espaço com participação. Quanto àqueles que viram seus toques pessoais minados; seus níveis de produtividade eram os mesmos que os do espaço enxuto.
“Em 12 anos de pesquisa, nunca os escritórios enxutos geraram melhores resultados; e quanto mais pessoas envolvidas estiverem no processo de enriquecimento, mais elas serão capazes de realizar uma parte de si mesmas no espaço”, explica Knight.
Ele é enfático ao dizer que, por arte, ele não significa os chamados “cartazes motivacionais”, que dizem coisas como “somos uma equipe” ou “seja qual for o problema, faça parte da solução”, porque eles não funcionam de forma alguma.
A arte é uma forma de reter o pessoal e encorajá-lo a ficar no escritório, em um momento em que as pessoas querem cada vez mais trabalhar remotamente, diz Alex Heath, diretor administrativo da International Art Consultants, que aconselha locais de trabalho na arte.
“Algumas empresas conscientemente usam a arte como parte de sua estratégia de retenção”, diz ele. “A estética, no sentido mais verdadeiro, significa dar energia, que é o que um local de trabalho precisa, em vez de um ambiente industrial sem graça, que termina sendo como dar uma dose de anestesia aos funcionários.”
“Uma distração momentânea definitivamente não é uma coisa ruim no ambiente de trabalho. Historicamente, a arte sempre foi sobre fuga, e todos nós precisamos de uma fuga às vezes.”
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